quarta-feira, 20 de julho de 2016

Caça-Fantasmas: A Resenha

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Este post pode conter alguns spoilers.

"Caça-Fantasmas" estreou na quinta passada (14) recheado de comentários maldosos envolvendo machismo, racismo e preconceito sobre a nova equipe ser composta por 4 mulheres ao invés de 4 homens como era nos dois filmes antigos, de 1984 e 1989. E posso dizer que mesmo com essa novidade, o filme não é nem de longe ruim, pelo contrário, é bem divertido tão quanto o clássico.

 O enredo do filme conta a história de Erin (Kristen Wiig), Abby (Melissa McCarthy), Jillian (Kate McKinnon) e Patty (Leslie Jones) que se unem para deter os fantasmas horripilantes os quais desejam destruir Nova York. Resumidamente é isso. Claro que no começo descobrimos que Erin e Abby eram melhores amigas na infância e, além de se tornarem doutoras (a primeira deseja trabalhar numa faculdade de renome e a segunda continua investigando o paranormal), escreveram um livro juntas sobre fenômenos sobrenaturais. Mas a reputação de Erin cai água a´baixo quando esse livro volta a ser vendido e principalmente quando ela, Abby e Jillian conseguem ver um fantasma de perto. Abby gravou tudo e postou na internet, causando a demissão de sua amiga por conta do reitor que viu tudo. A partir disso, Erin não tem outra escolha a não ser se juntar com suas amigas. Depois elas conhecem um novo secretário para o trabalho delas, o bonitão, mas burro, Kevin (o Thor da Marvel).

E por último e não menos importante, conhecemos Patty, que avista um fantasma no metrô, onde a mesma trabalha, e foge como se não houvesse o amanhã. Ela decide pedir ajuda às meninas e também resolve se juntar para caçar os fantasmas. No decorrer do filme, encontramos participações especiais de "certas pessoas". Bill Murray é um cara que não acredita no que "EAJP" dizem sobre os fantasmas, Dan Aykroyd é um motorista de táxi, Ernie Hudson é o tio de Patty, Sigourney Weaver é a mentora de Jillian, a antiga secretária é uma recepcionista de um hotel e até Ozzy Osbourne aparece numa cena. Andy Garcia também aparece como o prefeito da cidade, para a minha surpresa. Mas será que isso poderia estragar o filme? Será que fica debaixo da asa do clássico de 84?

"Caça-Fantasmas" possui vários pontos positivos como: 1) a química entre as quatro atrizes. Elas conseguem segurar firme o filme e você embarca na aventura junto com elas. Leva um susto quando é pra levar e ri quando é pra rir. Mas quem rouba a cena mesmo das quatro é Jillian Holtzmann. Tá certo que todas elas são comediantes, mas Kate McKinnon consegue extrair uma atuação genuína de uma excêntrica cientista que faz cada maluquice (como "dançar" com objetos inflamáveis e lamber uma pistola contra fantasmas) e com certeza é a minha favorita. Patty é outra que me fazia rir a cada grito dela e principalmente na cena que ela dá tapas na cara de Abby para liberá-la de um fantasma que a possuía. Erin e Abby tiveram uns problemas no passado e você acredita nisso, é bom quando isso acontece.

Já sobre o vilão do filme, pode não ser memorável, mas ele conduz seu plano maligno a qualquer custo. Mesmo que precise morrer para que aconteça. Rowan North sofreu no passado e, depois de ler o livro de Erin e Abby, quer abrir um portal para liberar milhões de fantasmas e liderá-los. Ele até consegue quando comete suicídio na frente de "EAJP", fazendo-as acreditar que tudo acabou. Kevin ainda é possuído pelo fantasma dele e continua seu plano do mal de destruir a cidade.

2) Kevin é outro que, mesmo suas idiotices serem de nível altíssimo, é tão engraçado que você não acredita que o Thor fez isso. Ele manda super bem no papel de idiota.
3) Os efeitos visuais estão muito bons, só que poderiam maneirar na cor azul dos fantasmas quando vários estão juntos
4) O 3D desse filme está incrivelmente foda. Sério mesmo. Geralmente os filmes usam o 3D só para ganhar dinheiro e não há nenhuma imersão, mas em "Caça-Fantasmas" é diferente. Veja com seus próprios olhos e saberá do que estou dizendo.

Os pontos negativos da obra pra mim talvez sejam apenas 2.
1) Notei que em algumas partes acontecia uma tentativa forçada de criar piadas. Talvez fosse nessa hora que as atrizes tentaram improvisar e o diretor não soube cortar na hora certa.
2) A personagem da Patty poderia ter aparecido mais ou ter tido mais importância na história, mas não que ela esteja simplesmente jogada lá. Talvez num segundo filme aconteça dela ter um desenvolvimento melhor.

No geral, "Caça-Fantasmas" não é um filme perfeito, mas está longe de ser um filme mediano ou ruim. Claro que é apenas a minha opinião, mas eu gostei bastante. Confirmaram que terá um segundo filme e eu espero que seja também muito bom, apesar de eu não ter ideia do que elas vão enfrentar agora. Acho que é aquele tipo de filme que não se precisa de muitos filmes por conta da história que é rapidamente esgotada. Mas se conseguirem criar uma boa e nova aventura para elas, estarei esperando para ligar caso eu encontre um fantasma.
Nota: 8.




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sábado, 16 de julho de 2016

Stranger Things - Season 1 - A Resenha

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Este post conterá spoilers, um monte deles.
A primeira temporada de "Stranger Things" estreou ontem, 15 de julho, e já causou sentimento de ansiedade por um segundo ano da série. O motivo? Direi em breve. Assisti tudo em um intervalo de menos de um dia (Netflix faz isso com todos) e acho que já posso aplaudir mais uma vez para ela. A história é bastante simples, mas ao decorrer dos 8 episódios a trama vai ficando cada vez mais misteriosa, pois "coisas estranhas" estão acontecendo na cidade. O garoto Will Byers está voltando para casa de bicicleta junto com seus amigos quando, ao chegar perto do seu lar, é perseguido por alguma coisa que escapou de um laboratório e de repente, desaparece.

A partir disso, sua mãe (interpretada muito bem por Winona Ryder), seus amigos Mike, Lucas e Dustin (também ótimos no núcleo "Carrossel" da vida e que usa um chapéu igual a de Ash em Pokémon) e o delegado Hopper tentam saber o que aconteceu com Will. O problema é que não há pistas do garoto desaparecido e sua mãe vai ficando cada vez mais desolada. Até que o trio MLD encontra uma menina na "Floresta das Trevas"(o bom dessa série são as inúmeras referências ao Hobbit/Senhor dos Anéis) que tem poderes telepáticos.

Ela pouco fala e é ajudada por Mike, ainda que Lucas não goste dela nem um pouco no começo, por achá-la perigosa demais com tais dons especiais. Enquanto isso, pessoas do governo estão procurando a tal menina (chamada de Onze ou "On") liderado pelo Dr. Brenner, e farão de tudo para tomá-la. Até matar pessoas e usar um corpo falso para fingir a morte de Will. Já não basta tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, descobrimos que um monstro terrível está sequestrando pessoas e levando-os para o "seu mundo", que os garotos chamam de Mundo Invertido. É como a vida real, só que escuro, frio e cheirando a morte.

Também descobrimos mais do passado de Onze, que foi um objeto de experimentos do governo para entrar no Mundo Invertido e fazer contato com a criatura. Claro que antes disso ela foi usada em testes para aprimorar seus poderes, mas Onze não gostava nem um pouco. Quando finalmente consegue fazer contato, Onze acaba abrindo um portal entre o mundo real e o invertido, liberando o monstro de ir e vir quando quiser e fazendo suas vítimas, como Will Byers (que consegue se esconder) e Bárbara (amiga da irmã de Mike, que acaba morrendo).

O delegado Hopper entra cada vez mais na teia de conspiração do governo e só não morre por "piedade" dos agentes. Ele acaba acreditando nas palavras de Joyce (mãe de Will) que diz conseguir se comunicar com seu filho através de luzes de natal e que viu a tal criatura que o persegue. Unindo forças com Hopper, os dois lutam para burlar os agentes do governo e resgatar Will. Como? Eles descobrem com o trio MLD que o portal está no laboratório, onde tudo começou.


Chegando ao final, eles conseguem resgatar Will, os agentes do governo e o Dr. Brenner são mortos, a criatura é morta por Onze, que se "sacrifica" por Mike e seus amigos e tudo volta ao normal na pacata cidadezinha. Certo? Errado. Para ter o famoso "gancho", Will vai ao banheiro, tosse e sai uma larva de sua boca e as luzes do lugar começam a piscar, alternando entre o mundo real e o invertido. O pobre garoto parece que nunca vai se safar de vez.

No final das contas, "Stranger Things" é uma declaração de amor aos anos 80 (que eu particularmente adoro, mesmo não tendo vivido nessa década) e aos filmes de Steven Spielberg. Não é a toa que vemos vários pôsters de filmes como "Enigma do Outro Mundo, "Evil Dead" e "Tubarão", seu primeiro clássico. Mas as referências não param por aí. Desde a trilha sonora oitentista, a abertura e os créditos iniciais dignos de filmes dos anos 80, a cena dos garotos com Onze de bicicleta contra o governo nos lembra de "ET - O Extraterrestre" (mais uma vez Spielberg), toda essa nostalgia alimentada ainda mais com citações de Radagast (O Hobbit), RPGs de Dungeons and Dragons, Lando Calrissian e etc. E por último e não mais importante, os cartazes divulgados da série (principalmente esse do lado esquerdo). Desenhado como nos cartazes de por exemplo: "Star Wars", "Indiana Jones" e "De Volta para o Futuro", também nos lembramos da obra de J.J.Abrams, "Super 8", que tem uma pegada parecida e também tem um cartaz desenhado. Sinceramente, eu espero que haja mais filmes/séries que façam mais isso, pois são obras de arte da modernidade. Se você gosta de nostalgia, anos 80 e tudo isso que eu disse, o que ainda está fazendo parado aí? Brincadeira, quando tiver tempo, assista e deleite essa soberba aventura nos moldes do Tio Spielberg.

Nota: 10.

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