sábado, 12 de novembro de 2016

Doutor Estranho - A Resenha

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 Este post conterá spoilers da obra.
No dia 3 de novembro, estreou nos cinemas brasileiros o décimo quarto filme da Marvel Studios, "Doutor Estranho", estrelado por Benedict Cumberbatch e, como de praxe, farei um resumo e minhas opiniões sobre o mesmo.



 O filme começa com uma cena de ação foda protagonizada pela Anciã contra Kaecilius e seus "minions". Os prédios começaram a girar, a porrada come solta e termina com um arco místico (ou seria um portal?). Tudo isso para preparar o público para o que viria. Corta para o médico brilhante (e arrogante) Stephen Strange (sério, quem teve a ideia de colocar esse sobrenome) mostrando suas preciosas habilidades como neurocirurgião. Depois acontece o que todo mundo viu no trailer: acidente de carro, mãos fodidas e a busca desesperadora de recuperá-las.

Eis que Stephen Estranho (sim, eu fiz de propósito) tenta de tudo, mas nada adianta. Até que escuta sobre um lugar misterioso onde um paraplégico voltou a andar (e ainda por cima joga basquete). Stephen viaja para o Katmandu e descobre o lar da Anciã e seu aluno, Mordo. Lá ele se depara com as artes místicas e, para resumir, começa a treinar com o objetivo de ter suas mãos de volta (nao que ele perdeu, mas você entendeu o que eu quis dizer). Depois de um tempo aprendendo sobre magia, Strange ouve falar de Kaecilius e seu plano "maligno" de trazer um vilão ainda mais ameaçador: Dormammu.

E aí rolam as cenas de ação mais legais desde Mad Max 4 (isso pra mim, tá legal?), onde aparece o Inception 2 (isso no IMAX 3D é foda pra cacete), belíssimos efeitos visuais e uma fotografia espetacular. Sem contar a trilha sonora, mas essa é outra parte que contarei detalhadamente. Pois bem, chegando próximo do fim, a Anciã acaba morrendo por causa de uma facada de Kaecilius, deixando Strange, Mordo e Wong (um outro mago) a proteger o futuro da Terra das mãos de Dormammu, que está mais perto do que imaginam.

 Chegando no final, Strange luta contra Kae (vou chamá-lo assim) e seus minions, com a ajuda de Mordo e Wong. Porém, o estrago já está feito e Stephen tem uma ideia. Usando o Olho de Agamoto (que descobrimos ser uma joia do infinito) para dar um loop no tempo e tentar uma barganha com o todo poderoso Dormammu. Isso chega a acontecer depois de muitas tentativas, deixando o vilãozaço puto e cumprir o acordo com Strange, levando seus preciosos minions para a Dimensão Negra, lar de Dormammu. O Doutor Estranho agora treinará parar virar o Mago Supremo dos quadrinhos e proteger o mundo de outras ameaças místicas, mas nem tudo são flores. Mordo acaba "se rebelando" após descobrir um segredo da Anciã e parte para um destino incerto. Eis o resumo do filme. Agora as minhas opiniões.

À começar, no quesito atuações: Benedict foi o ator perfeito para interpretar Stephen Strange, tanto fisicamente quanto seu comportamento. Quem assiste Sherlock da BBC sabe muito do que estou falando quando digo que é a versão complementar do detetive britânico. Cumberbatch manda bem (óbvio) nas horas mais sérias e dramáticas e também nas mais engraçadas. Coisa que Chris Hemsworth devia aprender a fazer. Rachel McAdams, mesmo nao sendo ruim no papel, foi pouco aproveitado, mas sua atuação está no meio termo, nem excelente (já que não foi exigida) e nem ruim. Mordo, Wong e Kaecilius mandam bem nos seus papéis de destaque, mesmo quando o vilão de Mads Mikkelsen não seja um dos melhores (te cuida Marvel). Já com Tilda Swinton como "A Anciã", esse papel tinha que ser para ela. Parecendo o Aang (de Avatar - A Lenda de Aang), ela chutou bundas, ensinou todo mundo desde... Sei lá quando e ainda mostrou para Strange uma escolha: Consertar as mãos e voltar para a vida pacata de merda ou não consertar, aprender a esquecê-la e salvar o mundo. Stephen escolheu a última opção. Ainda bem.

Chegando nos efeitos visuais, já está na hora da Marvel levar um Oscar. PQP! Que efeitos maravilhosos. Alguns podem se perder na imensidão do Inception que o filme deu, mas ninguém pode negar. Eles deram um banho em filmes como "Guerra Civil", "BVS", "X-Men" e "Esquadrão Suicida". A trilha sonora de Michael Giacchino finalmente nos trouxe um tema que (pelo menos pra mim) fará os fãs se lembrarem. Os temas de DE são excelentes, ainda mais pelo uso da citara indiana em certos momentos da OST. Falando de roteiro, uns acham o melhor filme de super-heroi do ano, outros não acham e até pensam que é mais do mesmo. Pensem bem, é mais uma história de origem de um personagem que a maioria desconhece (assim como foi o Homem de Ferro); tem a garota; o mentor e o vilão, junte isso e faça mais um filme do estilo Marvel. Não espere um "Cavaleiro das Trevas" que não terá, é a Marvel, aceite ou morra. Brincadeira. Aceite ou pare de assistir. Sobre as piadinhas, nota-se uma diferença tremenda entre "Guerra Civil", com suas piadas a cada 5 minutos e este filme, onde elas são bem dosadas. Tirando duas ou três em momentos inoportunos, o filme continua numa crescente onde finaliza num terceiro ato inesperado e inteligente. A forma que Strange derrotou Dormammu usando o loop no tempo foi super genial e, inclusive, toma o primeiro lugar que estava com Peter Quill em "Guardiões da Galáxia".

"Doutor Estranho" é o 14º filme da Marvel e, mesmo com sua fórmula de origem desgastada, mais um vilão subaproveitado (entretanto, um não ruim), mas com um excelente elenco, uma trilha sonora diferente e (talvez) memorável, um bom uso da direção e com efeitos visuais soberbos dignos de Oscar, ainda é capaz de divertir até o público mais leigo.

Nota: 10.
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